Sacerdotes têm três artefatos com histórias e missões bem interessantes nesta expansão. (SPOILERS)
Este texto contêm SPOILERS. Só continue lendo se quiser.
Para quem não jogou o Legion ainda (ou não jogou como sacerdote ainda): logo depois que você chegar ao nível 100 e completar as missões iniciais da expansão, assim que chegar a Dalaran, você vai receber uma missão que vai te conduzir a uma escolha. Você vai escolher qual o primeiro artefato (e portanto, qual especialização) você vai obter primeiro.
Logo no começo dessas missões, você é saudado por duas personalidades importantes: Calia Menethil, a irmã desaparecida de um certo outro Menethil, e Alonsus Faol, ninguém menos que o Arcebispo da Igreja da Luz à época da Primeira Guerra, agora um Renegado.
Pois é justamente Alonsus, que até então não existia no World of Warcraft além de citações e textos antigos, que te informa da existência de artefatos poderosos e te dá a escolha de qual você deve obter primeiro.
É aqui que você decide qual a primeira especialização que você vai jogar no Legion. Para quem joga com mais de uma, não se desespere: no nível 102 você poderá obter os outros dois artefatos. Para mais informações sobre os artefatos e como usá-los, leia os artigos correspondentes: Tuure, Xal’atath e Ira da Luz.
Tuure, a Luz dos Naarus
Quando os eredar que não aceitaram o pacto com a Legião fugiram, eles passaram a ser chamados de draenei, que significa exilados na sua língua. A maior parte de sua raça fez o pacto e passaram a perseguir seus antigos irmãos. Os draenei quase foram dizimados, mas foram ajudados pelos naaru, seres de luz divina, que usaram o cristal Tuure para protegê-los. Tuure canalizava a essência da Luz, curando os feridos e resgatando os que estavam à beira da morte. O cristal foi perdido para as forças da Legião em um mundo invadido, e não se ouviu mais falar dele desde então.
Isso até aparecer em Dalaran um draenei bastante ferido, resgatado nas ilhas partidas. Enquanto o draenei delirava, ele balbuciou diversas palavras, incluindo “Tuure”. Por isso chamam você para curá-lo e para investigar o assunto. Ele não se lembra de muita coisa, mas pede para você verificar o local onde ele foi encontrado, uma pequena ilha, para ver se a mulher dele ainda está viva.
Você e um paladino draenei, Vindicante Boros, partem para a ilha. Lá, vocês enfrentam algumas criaturas da Legião e libertam Alora, a mulher do draenei. Durante o processo vocês são ajudados por Jace Tecetrevas, um caçador de demônios. Com a morte do demônio que estava atacando Alora, um portal da Legião se abre e o grupo decide atravessá-lo para investigar.
O portal leva vocês até Niskara, o resto de um mundo tomado pela Legião, onde uma das naves da Legião está atracada.
Logo após chegar lá, vocês libertam outro NPC que estava preso, uma maga trolesa chamada Bo’ja. Então agora você basicamente está em um grupo com 4 componentes, onde você é o healer, Boros é o tank, e Jace e Bo’ja são os DPS. Mantenha-os curados e se puder ataque de vez em quando para ajudar.
Após enfrentar mais inimigos, vocês finalmente encontram Lady Calindris, que está de posse do cajado Tuure. Matenha seu grupo curado, se possível ajudando com algum DPS durante a luta (mas não é necessário). Durante a batalha Tuure absorve Luz suficiente para deixar seu estado corrompido e você pode empunhar o cajado.
Há alguns diálogos interessantes durante a missão, como por exemplo Boros repreendendo Jace por usar os poderes dos inimigos (já que ele é um caçador de demônios) e o exortando para “voltar para a luz”. Obviamente Jace responde com sarcasmo aos comentários do paladino. Outra coisa interessante é que esses NPCs aparecem nas histórias de outras classes, inclusive o Boros e o Jace são seguidores nos salões de ordem de paladinos e de caçadores de demônios.
Xal’atath, a Lâmina do Império Negro
Xal’atath é uma adaga feita com a garra de um deus antigo há muito, muito tempo atrás, e sacerdotes sombrios a utilizavam para sacrifícios rituais durante o ápice do Império Negro. Após a queda dos deuses antigos, Xal’atath foi escondida pelos cultistas, mas reapareceu de tempos em tempos através da história, inevitavelmente associada com desastres ou rituais horríveis. A lâmina tem vontade própria, e suas energias caóticas e mágicas mentais distorcem tudo ao seu redor para algum fim abominável.
Sua missão para recuperar essa adaga começa com informações de um sacerdote anão, Skoriamalho, infiltrado na seita Martelo do Crepúsculo sob ordens de Moira. Aparentemente a lâmina reapareceu mais uma vez e há um novo líder na seita disposto a usar todo o poder da adaga.
Você segue até as clareiras de Tirisfal, onde à beira de um lago há um acampamento do Martelo do Crepúsculo. Após combater alguns cultistas, você encontra informações de que há uma câmara titânica selada embaixo do lago, onde jaz o corpo de um C’Thraxxi (um dos generais sem rosto que servem aos deuses antigos). O líder da seita, até então desconhecido por você, pretende usar o poder da lâmina para ressuscitar o monstro. Aparentemente o líder é um dos bispos da igreja em Ventobravo, e era discípulo do conhecido traidor Benedictus… Você então entra na câmara subterrânea e encontra o anão Skoriamalho, que te ajuda a derrotar os integrantes da seita.
Você passará por alguns corredores, enfrentando membros da seita. Logo na primeira sala é preciso derrotar 4 ritualistas que estão tentando desativar as proteções colocadas no local pelo antigo guardião Tyr. Ataque os ritualistas normalmente, e quando aparecerem as pequenas criaturas de sombra, use Calcinação Mental.
Após passar por mais alguns corredores (evite o ataque giratório dos guerreiros), você finalmente vai chegar à sala final… onde você descobre que o novo líder da seita é ninguém menos que o Bispo Palhares, substituto do Benedictus, agora Diácono do Crepúsculo. Não sobrou ninguém honesto na direção da Catedral de Ventobravo? 🙁
Antes de enfrentar o Diácono, há dois guardiões sem rosto antes. Cuidado para não cair no abismo (use a pequena ponte de pedra), e ataque os guardiões, lembrando de usar Palavra de Poder: Escudo para se proteger, Grito Psíquico/Bomba Psíquica conforme necessário para fazer eles se afastarem, Recomposição Sombria para repor sua vida, e se necessário Dispersão para fugir. Não lembrei de usar Mente Dominante, só depois que acabei fiquei curioso se não poderia controlar um dos guardiões e usá-lo contra o outro.
A luta contra o Palhares não é muito difícil; ele é vulnerável a Silêncio. Quando ele invocar os tentáculos, espalhe Toque Vampírico e Palavra Sombria: Dor neles rapidamente. Eu dei preferência a Toque Vampírico por causa do retorno de vida.
No fim a própria Xal’atath trai o Diácono e “escolhe” você. É interessante como toda a história sobre a lâmina, e ela própria fala isso para você, indica que ela tem uma consciência própria e tentará manipular seu “dono” para fazer sua vontade. Como sacerdote sombra, você sempre soube que não podia confiar muito nas energias sombrias que usava; agora você tem nas mãos um artefato que não apenas pensa por si mesmo como se acha seu dono. É quase o mesmo que criar um gato em casa.
Ira da Luz
Há tempos, os fanáticos da Cruzada Escarlate tentaram imitar o processo usado para criar a Crematória, espada famosa por ser letal contra mortos-vivos, para criar um outro artefato igualmente poderoso, desta vez um cajado. Porém, o demônio Balnazzar, que já estava infiltrado na Cruzada desde essa época, sabotou o processo, que resultou em uma violenta explosão mágica. O poder do cajado era quase incontrolável, e foi entregue aos cuidados dos magos do Kirin Tor. Estes, por sua vez, passaram o problema adiante, digo, entregaram o cajado à Revoada Azul (dragões azuis), que esconderam o cajado no Nexus. Após a morte de Malygos e de boa parte da Revoada Azul, o Nexus ficou praticamente esquecido.
O dragão Kalecgos (na sua forma humana de Kalec) é quem te orienta na busca. Aparentemente os Etéreos conseguiram se infiltrar dentro do Nexus e obter o poder do cajado a fim de romper a fronteira com o caos e se tornarem um com ele.
Isso traz algumas informações interessantes ao lore do jogo; como os Etéreos ainda vêem o caos (void, vazio) como uma grande fonte de poder, mas essas lucubrações ficam para outro momento.
Enfim, após algumas missões em Gelarra (Nortúndria), Kalec te instrui a entrar no Nexus e procurar ajuda com Azuregos. Este é outro personagem que já apareceu no jogo em diversas outras ocasiões, e por si só poderia render um artigo interessante… mas vamos nos ater ao artefato aqui. Azuregos, o dragão azul que sempre teve um interesse pessoal em estudar e guardar antigos artefatos poderosos, estava servindo de zelador da Câmara do Nexus, depois que a Revoada Azul quase se desfez. Mas foi preso pelos Etéreos e te ajuda assim que você o liberta.
Vocês dois enfrentam inimigos dentro do Nexus, até chegar ao Príncipe Balaal que completou o ritual e se tornou uma criatura do caos. O interessante aqui é que usaram o mesmo modelo do Xhul’horac, que na Cidadela Fogo do Inferno estava se tornando uma criatura híbrida de energias vis e caóticas. Até as falas dele são parecidas.
E então você precisa entrar na câmara, enfrentar a Ira da Luz, já que o artefato resiste a ser controlado por qualquer um, e finalmente você ganha o artefato.